O trem da Netshoes Miners, que levou o orgulho mineiro pros maiores palcos dos esports, tá fazendo uma parada na estação. Em um comunicado emocionante nas redes sociais, a organização anunciou uma pausa nas competições, marcando o fim de uma jornada épica que agitou o cenário competitivo brasileiro. Com uma trajetória cheia de taças, jogadas históricas e uma torcida apaixonada, a Miners deixa um legado que vai ecoar por muito tempo.
Uma História de Raça e Identidade
Nascida em 2016 como E-Flix eSports, a organização ganhou o nome Netshoes Miners em 2021, com a parceria da gigante do e-commerce Netshoes. Representando Minas Gerais, a Miners trouxe o jeito “raiz” do estado pro competitivo, com um logo inspirado em trens e um hino, Segue o Trem, que virou marca registrada. Desde o começo, o time mostrou que dava pra chegar longe com talento, correria e muito orgulho mineiro.
A Miners brilhou em vários jogos. No Free Fire, levantou a taça da Copa NFA 2022, uma das maiores competições de emulador das Américas. No Wild Rift, o time feminino foi campeão do Wild Circuit: Game Changers 2022, mostrando representatividade com jogadoras como Ari, a primeira atleta trans a competir no CBLOL, e Lawi, formando a primeira dupla feminina na liga. No League of Legends, a Miners chegou aos playoffs do CBLOL em 2022, com uma campanha histórica liderada por nomes como Anyyy e Croc.
“Fizemos história em cada servidor que entramos. Batemos de frente, levantamos taça, emocionamos nossa torcida”, diz o comunicado da organização, que resume bem o impacto da Miners no cenário.
Por Que a Pausa?
No dia 16 de abril, a Miners pegou a comunidade de surpresa com o anúncio da pausa. “Pra olhar pra trás com gratidão e olhar pra frente com calma, pensando nos próximos passos”, escreveu a organização no X. A decisão vem após anos intensos, com participações em mais de 30 torneios e um pico de 229 mil espectadores no CBLOL 2021 Split 1. Apesar do sucesso, a saída do CBLOL em 2022, após a venda da vaga pra Vivo Keyd Stars, e desafios como a pandemia, que adiou jogos em 2021, mostraram que o cenário competitivo exige fôlego.
Marcelo Fadul, CEO da Miners, já tinha falado em 2021 sobre o sonho de tornar a organização global, mas também sobre os desafios de crescer no esports. A pausa pode ser uma estratégia pra reorganizar a casa, planejar novos investimentos ou até preparar uma volta ainda mais braba. Por enquanto, a Miners não deu detalhes sobre o futuro, mas deixou claro que a parada é pra refletir e voltar com tudo.
O Legado da Locomotiva
A Miners não foi só sobre vitórias. Foi sobre representatividade e comunidade. Além de pioneira na inclusão com Ari e Lawi, a organização trouxe o calor mineiro pro competitivo, com uma torcida que viajou mais de 3 mil quilômetros, como um fã do Acre que foi pra Belo Horizonte apoiar o time no Wild Tour 2022. A parceria com a Netshoes também abriu portas, trazendo marcas como Umbro pro mundo dos esports e reforçando que o competitivo é, sim, esporte de verdade.
A organização agradeceu a todos que fizeram parte da caminhada: “Valeu demais a todo mundo que fez parte disso: fã, player, staff, parceiro, geral que somou.” E a comunidade respondeu com força, enchendo as redes de mensagens de apoio e memes sobre o “trem” que nunca vai parar no coração dos fãs.
E Agora?
Por enquanto, o trem da Miners tá na estação, mas ninguém duvida que ele pode voltar a acelerar. O cenário brasileiro de esports tá mais quente que nunca, e a Miners tem história, talento e torcida pra voltar com tudo. Será que vem um reboot com novos jogos? Uma nova line-up? Ou até um projeto fora do competitivo? Só o tempo vai dizer.
Até lá, a comunidade gamer vai sentir falta da energia mineira que a Miners trouxe pro cenário. Como já dizia o hino: Segue o trem, que ele não para não!
